Empresária imobiliária é condenada por corrupção em caso de grandes proporções no Vietnã

Acusada de desviar bilhões de dólares, empresária é considerada responsável por minar a confiança na liderança do país

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 11/04/2024 - 15:10 hs
Foto: STR / AFP


Um tribunal no Vietnã proferiu a sentença contra uma empresária do setor imobiliário, considerada responsável por um dos maiores casos de corrupção do país, resultando em prejuízos estimados em US$ 27 bilhões de dólares (R$ 136 bilhões).

 

 

O júri rejeitou todas as alegações de defesa de Truong My Lan, executiva do grupo imobiliário Van Thinh Phat, que foi acusada de fraudar o Saigon Commercial Bank (SCB) ao longo de uma década. A decisão do júri, divulgada pela imprensa estatal, destaca que as ações da acusada minaram a confiança da população na liderança do Partido Comunista e do Estado.

 

Lan faz parte de um grupo de 86 pessoas indicadas no caso, incluindo ex-presidentes do Banco Central, ex-funcionários do governo e ex-executivos do SBC. O julgamento, que ocorreu na Cidade de Ho Chi Minh, durou cinco semanas.

 

 

A empresária e os outros réus enfrentam acusações que vão desde suborno e abuso de poder até apropriação indébita e violação das leis bancárias. As investigações apontam que Lan desviou US$ 12,5 bilhões (R$ 63 bilhões), mas os promotores afirmaram que os danos totais causados pelo esquema alcançaram US$ 27 bilhões, equivalente a 6% do PIB do Vietnã em 2023.

 

Lan negou as acusações, culpando seus subordinados. Ela e os demais réus foram detidos como parte de uma campanha nacional contra a corrupção. Em sua declaração final ao tribunal, ela expressou seu desespero, chegando a cogitar o suicídio, e lamentou ter se envolvido em um ambiente empresarial tão feroz e complexo do setor bancário, do qual tinha pouco conhecimento.

 

A condenação da empresária reflete a determinação do Vietnã em combater a corrupção e enviar uma mensagem clara de que os envolvidos em práticas fraudulentas não ficarão impunes. O caso ressalta a importância de uma governança ética e transparente para o desenvolvimento sustentável do país.